Um terapeuta ocupacional presta serviços de medicina física e reabilitação
O Terapeuta Ocupacional tem como papel principal ajudar as pessoas a desenvolver, recuperar ou manter as capacidades e competências necessárias para desempenhar as actividades do dia-a-dia. Estas pessoas poderão ter sido afectadas por uma doença, lesão, infecção ou outro tipo de diagnóstico.
Para estes terapeutas a “ocupação” não se restringe ao trabalho, incluindo toda e qualquer actividade que ocupa o nosso tempo. São como exemplos o vestir, comer, tomar banho, jardinar, tomar a medicação, lides domésticas entre outras.
Podem beneficiar da Terapia Ocupacional tanto as pessoas que tenham sofrido um AVC, traumatismo crânio-encefálico, lesões músculo-esqueléticas, entre outras lesões/patologias, mas também poder-se-á dizer que indivíduos de diferentes idades, desde os bebés ao idoso, poderão beneficiar desta terapia de forma a viver a vida na sua plenitude.
O terapeuta ocupacional – no serviço de Medicina Física e Reabilitação – faz parte de uma equipa de reabilitação composta por Fisioterapia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Médico Fisiatra e outras disciplinas que sejam necessárias. As intervenções mais comuns incluem ajudar crianças com dificuldades a participarem na escola e outras situações sociais, assistir pessoas que estão a recuperar de uma lesão a readquirir competências e fornecer o apoio necessário a pessoas idosas que estejam a experienciar alterações físicas e/ou cognitivas.
De acordo com um estudo realizado na Universidade do Sul da Califórnia, a Terapia Ocupacional pode ajudar os cidadãos idosos a manterem-se saudáveis e independentes, com resultados duradouros que se verificaram até 6 meses após o início da intervenção do terapeuta. Os resultados obtidos – publicados no Journal of Gerontology: Psychological Sciences – demonstram que este tipo de terapia pode ajudar a manter a população sénior saudável, reduzindo os custos com os cuidados de saúde e lares.
A intervenção da Terapia Ocupacional é tipicamente constituída por uma avaliação individual, onde o cliente e/ou a sua família, juntamente com o terapeuta, determinam os objectivos de intervenção. Posteriormente é elaborado um plano individual que procura promover a capacidade da pessoa desempenhar as actividades da vida diária (AVDs) e alcançar os objectivos seleccionados. Para assegurar que esses objectivos serão ou estão a ser alcançados, ao longo da intervenção, o terapeuta realiza avaliações dos resultados obtidos até ao momento reflectindo se é ou não necessário proceder a alterações no planeamento previamente elaborado.
Quando um terapeuta ocupacional trabalha com um cliente que perdeu a capacidade de gerir as suas AVDs, o principal objectivo é trabalhar em parceria com essa pessoa e com os seus cuidadores/familiares de forma a promover a sua independência seja ao adaptar a casa ou a modificar a tarefa.
Durante a sua abordagem, os terapeutas ocupacionais intervêm e têm em consideração as capacidades físicas, cognitivas, psicossociais, sensoriais e outras que influenciem o desempenho da pessoa de modo a promover e encorajar a sua participação activa nas actividades do dia-a-dia que têm impacto na sua saúde social, emocional e espiritual, no seu bem-estar e na sua qualidade de vida.
No âmbito do serviço de Medicina Física e Reabilitação, os clientes podem ser encaminhados por Médicos Fisiatras para os serviços de Terapia Ocupacional por motivos como promover a funcionalidade dos membros superiores, terapia da mão, necessidade de confecção de ortóteses, lesões laborais, défices de percepção visual e cognitivos, entre outras limitações que estejam a interferir no desempenho das AVDs. O objectivo da equipa de reabilitação centra-se em trabalhar com os seus clientes e respectivas famílias de forma a que esses tenham alta com um nível de independência tão elevado quanto possível.
Consulte o artigo original sobre os desafios do dia-a-dia do Terapeuta Ocupacional.